ADITIVOS
São produtos químicos adicionados durante o processo de produção dos plásticos para lhes conferir determinadas características. Por exemplo, de dureza, durabilidade, ou resistência ao fogo. Alguns desses aditivos podem conter substâncias tóxicas. Em relação a certos plastificantes, existe a suspeita de que sejam desreguladores endócrinos para animais e para os seres humanos.
ATERRO SANITÁRIO
Local de deposição final controlada de resíduos resultantes da atividade humana.Ocupam espaço, produzem gases tóxicos e podem causar infiltrações de toxinas nas águas subterrâneas e nos solos adjacentes. Apesar de na União Europeia (UE) a deposição em aterro ter diminuído mais de 40% entre 2006 e 2016, ainda são depositados cerca de 7 milhões de toneladas de plástico por ano em aterro na UE.
BIODEGRADAÇÃO
Processo de degradação biológica, por ação de microorganismos. É diferente da degradação mecânica, através da erosão e da abrasão, ou química, por corrosão, foto-oxidação ou ação da temperatura.
BIODEGRADÁVEL
Um produto é biodegradável quando é decomposto naturalmente no ambiente por microorganismos num prazo de tempo razoável. Há várias normas internacionais, mas não existe um padrão uniforme a nível mundial. Muitos plásticos anunciados como “biodegradáveis” levam demasiado tempo a decompor-se e só se degradam em condições muito específicas, e não numa pilha de composto no quintal, ou num compostor caseiro.
BIOPLÁSTICO
São plásticos produzidos a partir de recursos naturais e renováveis, como as plantas (por exemplo, amido de milho ou de batata), ou desperdícios da indústria alimentar (por exemplo,cascas de camarão ou soro de leite). Apesar de ser de origem natural e renovável, o cultivo de plantas para a produção industrial de plásticos é considerado insustentável.
COMPOSTÁVEL
De acordo com a regulamentação europeia um saco é compostável se pelo menos 90% do material se degradar por ação biológica em seis meses, e se esse processo de biodegradação começar 3 meses após ser colocado num compostor.
DESCARTÁVEL
Muitos produtos de plástico que se usam no dia a dia, como talheres, pratos e copos de plástico, são descartáveis. Por vezes, são usados apenas alguns minutos e deitados fora. Muitos desses produtos podem contudo ser reutilizados, ainda que as suas características não permitam muitas utilizações.
GIROS OCEÂNICOS
São sistemas de correntes oceânicas rotativas criadas pelos ventos e marés. Existem cinco grandes giros no planeta Terra: os do Pacífico Norte e Sul, os do Atlântico Norte e Sul e o Giro do Oceano Índico. Os giros oceânicos acabam por funcionar como locais de acumulação de lixo marinho. Atualmente todos os 5 grandes giros têm muito lixo acumulado, sobretudo plástico.
INCINERAÇÃO
Queima de resíduos (plásticos ou não) em locais próprios para o efeito, as incineradoras. Se não forem controladas, as emissões atmosféricas podem ser uma fonte importante de poluição (toxinas e metais pesados).
LIXO MARINHO
É qualquer material duradouro, fabricado ou processado que é descartado, eliminado ou abandonado na costa ou no mar. Constituído por diferentes resíduos, a maioria materiais que se degradam lentamente. Mais de 80% do lixo marinho na UE é constituído por plástico, sobretudo plásticos descartáveis e artes de pesca. Tem diferentes impactos negativos quer ao nível económico (custos com limpeza das praias), quer ambiental, nomeadamente através do aprisionamento e da ingestão.
MICROPLÁSTICOS
Fragmentos de plástico menores do que 5 milímetros. Os microplásticos primários são grânulos de resinas para o fabrico de plástico. Os secundários resultam da fragmentação de plásticos de maiores dimensões, por degradação fotoquímica e abrasão. Encontram-se nas praias e no oceano à superfície, em suspensão na coluna de água, ou já depositados nos fundos. Facilmente confundidos com alimento devido ao seu aspecto e tamanho, os microplásticos são também vetores potenciais na exposição dos organismos marinhos a poluentes persistentes orgânicos de elevada toxicidade.
NANOPLÁSTICOS
São partículas de plástico com dimensão inferior a 1 micrómetro.
A degradação mecânica e química leva à fragmentação do plástico em pedaços cada vez mais pequenos, num processo que poderá continuar até ao nível molecular.
NAFTA
A nafta é um subproduto do petróleo (um recurso natural não renovável) e a matéria-prima habitual para a produção dos plásticos convencionais.
PELLETS
São pequenos grânulos de resinas plásticas usados na indústria para produzir diferentes tipos de plásticos. Durante os processos de produção, transporte e utilização pela indústria, os pellets podem ir parar ao ambiente por descuido ou acidente. Depois, podem ser transportados através da água da chuva, e dos rios, e chegar ao mar. Os pellets plásticos podem funcionar como veículos de transporte de compostos tóxicos.
PET
O Polietileno tereftalato é um poliéster termoplástico para fibras, peças moldadas por injeção,e garrafas moldados por sopro. É usado para produzir embalagens de comida e garrafas de água, refrigerantes e outras bebidas. É considerado o plástico mais reciclável.
POLÍMERO
Composto molecular que resulta da união de várias moléculas iguais ou semelhantes entre si, podendo constituir um polímero natural – que inclui materiais como a celulose ou o amido -, ou um polímero sintético, como o plástico convencional.
PLÁSTICO
É a denominação genérica para mais de 20 famílias de polímeros, entre as quais o polietileno (PE), o polipropileno (PP), o policloreto de vinilo (PVC), o poliuretano (PUR), o poliestireno (PS) e a poliamida (PA), que representam cerca de 90% do total da produção mundial. Os plásticos são produtos sintéticos derivados de materiais naturais, como a celulose, o carvão, o gás natural e o petróleo. A palavra “plástico” vem do grego plastikos, que significa “próprio para ser moldado”.
POLÍMEROS
Polímeros são materiais compostos por macromoléculas. As macromoléculas são cadeias compostas pela repetição de uma unidade básica.Os polímeros podem ser classificados em naturais ou sintéticos.
PREVENÇÃO
A prevenção deveria estar no topo das preocupações de Governos, empresas e cidadãos. Traduz-se nos esforços de redução da produção de lixo, através de medidas políticas, tecnológicas e comportamentos. Ao nível dos comportamentos individuais, prevenir passa por escolher produtos com poucas embalagens, recusar produtos supérfluos ou desnecessários e reutilizar o mais possível.
RECICLAGEM
É o processo que visa transformar materiais usados e resíduos em novos produtos. A reciclagem dos resíduos, como as embalagens de plástico, permite uma utilização mais racional de recursos naturais não renováveis (como o petróleo) e uma redução da poluição da água, do ar e do solo. Para a Indústria, a reciclagem tem muitas vezes a vantagem de diminuir os custos de produção. Mas a reciclagem depende em grande medida da colaboração dos cidadãos na separação dos materiais a montante. Em relação às embalagens, a UE tem objetivo global de 65% de reciclagem até 2025 e de 70% até 2030. Para as embalagens de plástico as metas são de 50%, até 2025, e 55%, até 2030.
RECUSAR
É uma forma de prevenir a produção de resíduos na fonte. A ideia é pensar primeiro: será que preciso deste produto? O caso das palhinhas é paradigmático de um produto desnecessário para a generalidade das pessoas.
REUTILIZAÇÃO
A reutilização é uma forma de reduzir a produção de resíduos. Utilizar sempre o mesmo saco para ir às compras ou a mesma garrafa de um material rígido para beber água são formas de evitar fazer lixo.
SOPA(S) DE LIXO
É uma acumulação de lixo marinho visível à superfície e na coluna de água em zonas de acumulação de detritos no mar, devido a correntes marítimas e ventos. A mais conhecida é a do Pacífico (também conhecida como “grande depósito de lixo do Pacífico” ou “ilha”) e foi descrita pelo oceanógrafo Charles Moore em 1997. Em 2018, foi estimado que o depósito de resíduos plásticos à deriva no oceano Pacífico, entre a Califórnia e o Havai, conteria pelo menos 79 mil toneladas de resíduos espalhados por 1 milhão e 600 mil quilómetros quadrados.
TARA RECUPERÁVEL
Sistema de depósito, muito usado para as garrafas de vidro no século XX, que depois é reembolsado quando a embalagem é devolvida. Vários países da UE têm sistemas de depósito para embalagens. Uma diretiva europeia vai tornar este sistema obrigatório e Portugal já anunciou que irá pô-lo em prática a partir de 2021, para garrafas de plástico e latas de alumínio para bebidas, pondo fim à tara perdida.
USO ÚNICO
São plásticos concebidos para serem usados uma única vez, como sacos ultraleves para fruta e legumes, filme plástico ou as embalagens que envolvem inúmeros produtos que compramos, desde alimentos, a computadores e telemóveis.
Fontes: Associação Portuguesa do Lixo Marinho, Agência Portuguesa do Ambiente, Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos, Plastval, Lipor, Comissão Europeia e Parlamento Europeu.