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Projeto pioneiro no Brasil transforma lixo em combustível

Por Jornal Nacional

Um projeto pioneiro no Brasil está tirando toneladas de lixo que iam para aterros sanitários e transformando o material em combustível.

Uma empresa de Sorocaba, interior de São Paulo, recolhe lixo de 800 indústrias e separa tudo o que pode ser reaproveitado: papelão, plástico, metais, embalagens. Tudo o que não tem condição de ser reciclado vai para outra área do galpão.

Numa situação comum, o material iria para um aterro. Mas na empresa, mesmo o que não pode ser reaproveitado tem valor, tem utilidade. Os materiais são triturados e secos e viram um resíduo, pronto para gerar energia. É o chamado CDR, o Combustível Derivado de Resíduos.

A empresa tritura 200 toneladas de resíduos por dia e leva tudo para uma das maiores fábricas de cimento do país, em Salto de Pirapora. É a primeira indústria do Brasil que aproveita este tipo material. Ele é incinerado e gera energia nos fornos para a fabricação do cimento. No local também são usados os resíduos de empresas que recolhem lixo em 40 cidades do interior de São Paulo.

Com isso, a indústria já conseguiu substituir 30% de um composto derivado de petróleo, que antes era o único combustível usado. A estimativa é aproveitar este ano 65 mil toneladas do combustível alternativo, que reduz a emissão de gases que causam o efeito estufa.

“Cada uma tonelada de CDR eu reduzo 1,2 tonelada de emissão de CO2, contando tanto a parte de substituição do combustível em si, mas também o que eu deixo de enviar para o aterro, que você tem a emissão do gás metano”, explica o gerente setor de combustíveis alternativos, Eduardo Porciuncula.

O sistema foi licenciado pela companhia ambiental de São Paulo, a Cetesb, que é responsável pela fiscalização do sistema de filtros para que a queima do material não polua o ar.

“O potencial de geração de energia elétrica a partir dos resíduos sólidos urbanos no Brasil poderia abastecer 3% do consumo nacional num ano”, explica Carlos Silva Filho, diretor-presidente da ABRELPE.

Fonte: G1

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