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Laudo da Cetesb aponta resíduos de serviços de saúde, sanitários e industriais perigosos em área de mineradora de Mogi

Empresa foi alvo de uma operação conjunta na semana passada, onde foram encontradas as substâncias em parte de aterro.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou nesta terça-feira (1º) que encontrou resíduos de serviços de saúde, sanitários e industriais perigosos, com odor de amônia, tinta/solvente e oleosos no material coletado da cava de mineração da Caravelas, em Mogi das Cruzes.

O local foi alvo, na semana passada, de uma força-tarefa do Ministério Público com a participação da Cetesb, Prefeitura e Delegacia do Meio Ambiente de Mogi. À época, a empresa negou qualquer irregularidade. O G1 solicitou um novo posicionamento após a liberação do laudo.

Ainda de acordo com a Cetesb, o relatório de vistoria está sendo finalizado, para só depois ser aplicada a penalidade à mineradora.

A mineradora, segundo a Cetesb, está inserida na Área de Proteção Ambiental (APA) da Várzea do Rio Tietê, parte em Zona de Uso Controlado (ZUC) e parte em Zona de Vida Silvestre (ZVS).

A operação

No dia 24 de setembro, policiais da Delegacia Ambiental encontraram materiais contaminantes na área da mineradora Caravelas, no Distrito de Brás Cubas, em Mogi das Cruzes. A defesa da empresa alegou que tudo ainda era uma suspeita.

A área, segundo a Cetesb, deveria estar passando por um processo de recuperação e não deveria estar sendo usada para descarte de nenhum tipo de material.

O promotor público Leandro Lippi explicou que a ação não gerou nenhuma prisão e nem o embargo da área. Ainda de acordo com Lippi, o MP vai continuar alertando a Justiça sobre o perigo ambiental que o terreno da mineradora representa.

Lippi destacou que desde 2015 existe uma batalha judicial com a empresa responsável pela área. De acordo com o promotor, a empresa fez um acordo com o Ministério Público para a recuperação, mas ele não foi cumprido.

“O último pedido do MP à Justiça em relação à área foi uma inspeção feita em maio desse ano, mas ele foi indeferido pelo juiz da 2ª Vara de Família de Mogi, mas o Ministério Público recorreu. Buscamos a suspensão das atividades e a interdição do local, tendo em vista o aumento significativo da degradação ambiental e o depósito de resíduos sólidos perigosos.”

O promotor alertou que a empresa tem uma licença de operação, mas ela está vencida. Segundo Lippi, a Cetesb já emitiu um parecer desfavorável a essa licença.

“Essa licença de operação que a empresa se escora é para o início da propriedade. E eles ampliaram essa atividade sem ter em nenhum momento uma autorização para o depósito desses resíduos perigosos, principalmente avançando nessa área, chegando inclusive à Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Tietê onde tem queima da vegetação e constatamos o depósito de óleo e resíduos químicos contaminantes.”

De acordo com Del Poente, o local pertence a uma mineradora e é objeto de um litígio judicial e de uma ação da Cetesb.

“O que ocorre nesse momento é que está havendo atividade poluidora com descarte de material contaminante. Inclusive material hospitalar e outros resíduos, como borra de alumínio, amônia e lixo orgânico. A Cetesb faz o levantamento do grau poluente desse material”, explica Del Poente.

Segundo o delegado, inicialmente a polícia registrou um termo circunstanciado, fez a apreensão de cinco máquinas, um caminhão e foi feita uma perícia na área.

Fonte: G1

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