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Em um ano, usina recicla 43 mil toneladas de entulho em Betim

Materiais de construção foram transformados em matéria-prima para manutenção de vias públicas e serviram de base para pavimentação de mais de 30 bairros

Prestes a completar um ano de funcionamento, a Usina de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil, aberta pela Prefeitura de Betim na região do Citrolândia em 27 de agosto do ano passado, já comemora os resultados. Nesse período, a unidade transformou 42.936 toneladas de entulhos de construção e demolição em matéria-prima para manutenção de vias públicas rurais e serviram de base para pavimentação asfáltica em mais de 30 bairros da cidade. Além de gerar emprego e economia aos cofres do município, a unidade ainda cumpre o que determina a legislação federal, ao dar uma destinação ecologicamente correta ao entulho que é descartado no município.

Para Marinésia Makatsuru, presidente da Empresa de Construções, Obras, Serviços, Projetos, Transportes e Trânsito de Betim (Ecos) ao colocar a usina para funcionar, houve um ganho econômico, social e ambiental para Betim. “Hoje a construção civil é um dos maiores polos geradores de resíduos e, na maioria das vezes, o seu descarte não é feito de forma correta, o que traz sérios problemas para o meio ambiente e para a sociedade e, como os recursos naturais utilizados nas recuperações de nossas estradas vicinais estão ficando cada vez mais escassos, a reutilização é a melhor forma de economia, geração de emprego e cuidado com o meio ambiente. É fazer gestão de forma responsável e com foco na sustentabilidade”.

Segundo o gerente de resíduos sólidos da Diretoria de Serviços Ambientais da Ecos, Rodrigo Trindade, 20 empregos diretos e indiretos foram gerados com a abertura da usina.

Funcionando em uma área de 9.772 m² no Citrolândia, a usina tem capacidade para reciclar até 4.000 toneladas de entulho por mês, atendendo 100% da demanda estimada de cerca de 50 mil toneladas por ano. O espaço recebe restos sólidos de construção e demolição, que são reduzidos em um processo de britagem primária e secundária, seguidos de separação granular, e os transforma em matéria-prima para manutenção de vias públicas e base para pavimentação de praças, passeios e vias asfaltadas. Assim, o que viraria lixo depositado em aterros, está sendo reintroduzido no município.

Para colocar a usina em funcionamento, a prefeitura precisou adquirir novos equipamentos, que receberam investimentos de R$ 790 mil. A troca do maquinário foi necessária, já que, apesar de ter sida montada em 2011, a usina nunca havia funcionado até 2018. Segundo a prefeitura, ela possuía problemas, como subdimensionamento dos equipamentos e erros em sua montagem.

Segundo Trindade, neste primeiro ano de funcionamento, a usina recebeu outras melhorias. “Reformamos a portaria, asfaltamos a entrada, construímos um galpão para a triagem do material coletado e instalamos placas de sinalização ”, explicou.

Ecopontos e URPVs

Para alimentar a usina de reciclagem, a prefeitura conta hoje com 115 caçambas do Ecoentulho, espalhadas em 22 pontos na regional Imbiruçu, e 11 Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPVs), distribuídas nas dez regionais, além de realizar os Mutirões do Bem, em que equipes da prefeitura retiram das ruas o material descartado irregularmente pela população.

Juntas, essas ações conseguiram destinar até hoje 457.106 toneladas de entulho para a unidade de reaproveitamento no Citrolândia. “A prefeitura também deu a oportunidade para as pessoas que trabalham com caçambas de levarem o entulho que é recolhido por eles em empresas para serem encaminhados para a usina de reciclagem. Mas, para isso, o material precisa estar limpo”, explicou o diretor de serviços ambientais da Ecos, Ronie Von Fonseca.

No caso do programa Ecoentulho, a prefeitura informou que pretende instalar, em breve, mais 80 caçambas em 14 pontos na regional Teresópolis.

Coleta seletiva

Desde junho deste ano, a prefeitura também começou a implementar o projeto Coleta Seletiva. Pelo programa, caçambas com compartimento para a separação de resíduos, como papel, plástico, metal, vidro e material orgânico e eletrônicos, estão sendo instaladas nas escolas municipais, creches e nas 11 Unidades de Recolhimento de Pequenos Volumes (URPVs).

Desenvolvido pela diretoria de Serviços Ambientais da Ecos, o projeto tem como objetivo reaproveitar os resíduos produzidos pela população e gerar renda para as escolas e famílias.

“O programa prevê a instalação no total de 320 caçambas para serem distribuídas nestes pontos. Estamos em fase inicial de implementação. Até agora, 20 escolas já receberam as caçambas”, afirmou o diretor de serviços ambientais da Ecos, Ronie Von Fonseca.

FONTE: O tempo

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